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sábado, 29 de agosto de 2009

Tempo do mouse

Recebi nesta semana Raquel Costa, especialista em Tecnologia da Informação (TI), interessada em oferecer palestras como voluntária para professores sobre a utilização das ferramentas digitais na educação.
A revolução pela qual passou a indústria do entretenimento também modificará métodos de ensino, acredita Raquel. E é inevitável, apesar da resistência de muitos docentes e instituições.
Em interessante artigo chamado “A cabeça não é HD”, ela explicou a idéia de que vale muito mais hoje ensinar o aluno a se utilizar das ferramentas para encontrar as informações que precisa, do que forçá-lo a decorar milhares de dados. Exemplificou até o sofrimento do sobrinho, matriculado numa escola que se utiliza das velhas fórmulas.

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Por coincidência, a escola em que seu sobrinho estuda pertence à mesma rede onde estudei boa parte da minha vida. Lá fui advertido por publicar um jornalzinho, como nos tempos da inquisição. Os pais precisam estar atualizados, porque muitas vezes pagam caro por uma educação do “tempo do onça”, como brinca Raquel.

Mouse na mão dos ratos

Recentemente, a juventude do PSDB de Jundiaí promoveu palestra sobre “O futuro da internet na política”, proferida por Germano Guimarães. O case do presidente Barak Obama foi estudado a fundo por ele em curso que participou nos Estados Unidos.
Germano é filiado ao PSDB de São Paulo, meu colega na executiva estadual da juventude. Um quadro promissor do partido, com currículo muito consistente. Para estudar no exterior, passou por uma seleção rigorosa, que só aprovou 35 estudantes no mundo inteiro. Hoje, ele é um dos responsáveis pelo programa de melhoria da qualidade da secretaria estadual de Educação.

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Germano explicou que de nada adianta a ferramenta se não houver um propósito. Nessa linha, Raquel Costa também afirmou que as pessoas querem o real e a internet é um meio para se dar vazão às idéias. Não adianta político ter site, orkut e twitter se sua alma ainda é de um velho rato.

Do twitter meu de cada dia

Li no @raquelcosta: “A crise da mídia tradicional. Quem vai publicar as notícias que vão alimentar a conversa?”

O dedo em riste no teclado

O jornalista Sandro Vaia, ex-diretor de Redação do Estadão, conhecedor profundo dos bastidores da notícia, refletiu em artigo recente a incoerência de gente que renega os veículos tradicionais de informação e se utilizam dos blogs para disseminar suas idéias mofadas.
A blogosfera é terreno fértil para os fundamentalistas. Para eles, a revista Veja não presta, mas a Carta Capital presta, os jornais Estadão e Folha de São Paulo não prestam, mas o Brasil de Fato presta, por exemplo.
Eles próprios personificam a intolerância e a parcialidade que acusam. Na comunidade de Jundiaí no orkut tenho travado diversas discussões com um personagem que se utiliza de expressões como PIG (Partido da Imprensa Golpista) e que recentemente deu um show de indelicadeza ao dizer para o Milton Young, jornalista da radio CBN, que palestrava em Jundiaí, não confiar no veículo em que ele trabalha.

São Pedro radical

A expectativa ao acordar hoje é ver o sol brilhando para a grande festa de inauguração do Street Park do Sororoca, na avenida União dos Ferroviários, que marca uma nova forma de relacionamento do poder público com o jovem, pautado pela efetiva participação.

A nova Festa do Morango

Hoje termina a Festa do Morango. Estive profundamente envolvido com a organização dos artistas locais que se apresentaram lá. A Associação Agrícola e a competente equipe do empresário Marco Pacheco estão de parabéns!
Para valorizar os artistas da região, foi montado um outro palco, além do que abriga as atrações famosas – nas festas anteriores, eles se apresentavam no coreto. A banda Locomotron também conseguiu a oportunidade de abrir o show da banda NX Zero no principal.
A grande novidade deste ano foi a participação dos DJ’s do projeto Cultura E-music, da assessoria da Juventude, órgão que coordeno na prefeitura de Jundiaí. Eles puderam mostrar toda a riqueza de ritmos da música eletrônica antes dos grandes shows, no palco principal.

Cultura E-music

O projeto Cultura E-music integra o esforço da assessoria da Juventude em desmistificar as diversas manifestações atuais dos jovens. A música eletrônica, por exemplo, representa um universo extremamente rico e interessante, retrato do comportamento de uma tribo imensa.
O que o Cultura E-music quer mostrar é que há muito talento entre quem faz esse tipo de música, que demanda estudo e dedicação. Ser DJ hoje é uma profissão, inclusive.
O uso das drogas, talvez a pior mazela da sociedade atualmente, deve ser combatido nesse contexto, inclusive se valendo da música eletrônica, ao invés de observá-la com preconceito.

Política com qualidade

Amanhã, às 20:00 horas, o vice-prefeito Luiz Fernando Machado falará sobre “A importância da formação acadêmica no setor público” para os alunos da UNIP. Pouco a pouco, as universidades compreendem seu papel de formar gestores públicos preparados para renovar a política com qualidade.

Parceiro em São Paulo


A capital do Estado tem um novo coordenador responsável pelas ações para a Juventude da Prefeitura. Meu amigo Antonio Carlos Freitas Junior, colaborador do deputado estadual Bruno Covas e presidente da juventude estadual do PSDB, assume oficialmente o cargo amanhã, dia 31, às 17:00 horas.


Texto originalmente escrito para a coluna MAIS ATITUDE!, que assino no Jornal da Cidade, publicada em 30/08/09.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Visões Urbanas
Grafiteiro: Insane
Contato:inn165@hotmail.com
Flick: http://www.flickr.com/photos/insaneone/3592121133/

Galeria da dona Benicia

Já pichou, como todo grafiteiro. Parou, como todo grafiteiro que se preza. Insane, parceiro da coluna Mais Atitude!, hoje sabe que faz arte. E como todo artista, andava sonhando com um trabalho solo. Gosta de dividir o mesmo muro com outros grafiteiros, mas precisava de muitos metros para tantas idéias.
Bateu na porta da dona Benicia armado do ideal e de algumas latas de spray, que não dão para os 40 metros do muro – uma loja de tintas que puder ajudar, o ponto para propaganda é excelente e a causa não tem preço. Basquiat, precursor do grafite, iluminou a cabeça da vizinha do Maxi Shopping e nasceu uma nova galeria ao ar livre.

Diretas ontem!

Revoltante o pouco caso dos políticos de todos os partidos com o aperfeiçoamento das instituições democráticas. Boa parte dos membros do “acordão” que busca livrar o coronel José Sarney lutaram pela redemocratização do país e hoje apenas lutam pelos seus interesses diretos já!
Sabem como vencer as eleições do próximo ano. Confiam na apatia do eleitorado e conhecem muito bem os caminhos do voto. Fazem as regras de um sistema que ainda permite o voto comprado, mesmo que disfarçadamente, e até de cabresto.

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A gripe gatuna que tomou conta do Senado bem que poderia ser substituída por uma gripe suína. Ao menos com máscara na cara alguns senhores passariam a impressão de ter tomado vergonha.

Do twitter meu de cada dia

@fefoguimaraes
Bio: Poeta, Lusitano, Agitador Cultural, Cientista Político e Gestor Público, é Presidente do Instituto Esquerda Pra Valer e discípulo de Franco Montoro.

“ Certa vez Lulapeto fez uma candidata de madeira. Ela disse que tinha estudado e não favoreceu Sarney. E seu nariz cresceu.”

Seu dinheiro de volta

O ator global Antônio Fagundes dispensou a Lei Rouanet do seu novo espetáculo, chamado “Restos”, cujo projeto está aprovado. Cansou, segundo declarou em entrevista, de ser chamado de ladrão, como se usufruísse da ajuda de empresas via renúncia fiscal para ganhar dinheiro indevidamente.
Fazer teatro é caro, frisou, e mesmo com essa ajuda, muitas vezes é impossível baixar os preços. Disse que em outros países as pessoas pagam caro e compreendem o porquê.
Por outro lado, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, está numa verdadeira cruzada contra a destinação dos recursos da lei para eventos que cobram preços altos, principalmente no sul e sudeste.
A discussão sobre apoio a projetos culturais não pode se resumir a visões radicais. Há uma enorme parcela da população que não tem acesso e também inúmeros artistas com um grande potencial. E não se pode esquecer do desafio de sensibilizar os empresários sobre a importância da cultura para a transformação social.

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O grupo das empresas Astra e Finamax deveria ser chamado pelos governantes para discutir modelos de financiamento a projetos culturais. Seu projeto musical Astra-Finamax é um exemplo e tanto.
Já trouxe inúmeros nomes do cenário nacional a Jundiaí e seu público cativo cresce a cada ano. O retorno qualitativo tanto às
marcas quanto ao público é imensurável.

Prosa aberta com o governo

O Alaércio Borelli, secretário de Esportes, não anda de skate. Tá mais pro prefeito Miguel Haddad andar. Com todo respeito, secretário, é que o senhor não tem cara nem porte pra isso. Mas se quiser, pode se matricular na escolinha de esportes radicais que vamos criar ano que vem. Vai ser gratuita pra toda galera, né!
Agora, cá entre nós, você e o Miguel tão dando um show de bola... aliás, de rodinhas! Tava todo mundo cansado de falar ao léu e o vento levar as idéias de quem manja. Pega o Cebola, por exemplo. O cara já esteve entre os tops do X Games, viajou o mundo pra competir montado numa bike. E o Dieguinho Fiorese, então, nem se fala, campeão sul americano de skate.
O mundo muda, o skate é o 2º esporte mais praticado no Brasil, e Jundiaí muda também. Vocês abriram pra participação geral e o pessoal do skate, bike, patins, grafite, reggae, rock, pop rock, ufa!, se juntou pra fazer a inauguração do Street Park bombar!

Serviço: Inauguração do Street Park do Sororoca
Data: 30 de agosto
Horário: das 8:30 às 14:00
Atrações: DJ’s, grafitagem, apresentações de esportes radicais, bandas Positiva Ragge, Tonica e Locomotron.

Texto originalmente publicado na coluna Mais Atitude!, que assino no Jornal da Cidade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Governo Participativo

Através da assessoria da Juventude, órgão da Prefeitura de Jundiaí que coordeno, o Prefeito Miguel Haddad tem ouvido os jovens e construido um governo verdadeiramente participativo. Por sua determinação, todas as secretarias estão abertas à participação da comunidade.
A inauguração e as regras de funcionamento do Street Park do Sororoca, por exemplo, foram pensadas em conjunto com praticantes de skate, bike, patins e le parkour. Na última sexta-feira, Miguel esteve reunido com eles e artistas que se apresentarão no dia 30 de agosto, a partir das 8:30, envolvendo DJ's, grafiteiros e as bandas Positiva Raggae, Tonica e Locomotron.
A partir da próxima semana, a coluna Mais Atitude! será reformulada. Criticar as atitudes dos senadores é redundância, mas não tocar no assunto é pior, porque "não se pode aceitar qualquer sacanagem ser coisa normal", como diz a música de Milton Nascimento e Fernando Brant:

Urubus do Senado

A matéria orgânica que alimenta os urubus do Senado é formada pela decomposição dos valores da sociedade. O dramaturgo alemão Bertold Brecht bem observou que as mazelas sociais nascem do analfabeto político.
O parasita Sarney, eleito senador por Amapá – apesar de todo mundo saber que ele coronelizou o Maranhão –, se sustenta justamente no comportamento de uma população pobre e ignorante.
Não podemos aceitar que nossos filhos herdem o país dos coronéis. Brasília é feito uma selva, em que o cidadão só tem acesso num simba safári. Todo mundo sabe que aqueles animais existem, mas ninguém quer se juntar a eles.
O povo, patrocinador do escândalo, não percebe que ao estufar o peito e dizer que se orgulha em não participar da política, age como um primata e é tragado por leões.

301 picaretas com anel de doutor

Não bastasse banalizar a esperança do eleitor, Lula se posiciona agora como o fiador da banalização das instituições democráticas. Sarney só se sustenta no cargo de presidente do Senado porque o projeto de poder do PT é tão obstinado quanto os que provocaram os atos secretos.
O antes radical que prometeu mudar toda a sujeira sobre a qual se sustenta hoje, na verdade se juntou ao grupo dos “300 picaretas com anel de doutor”, como adjetivou seus colegas quando deputado constituinte.
Sabe Lula que a aliança com o PMDB não é imortal feito a cadeira que Sarney ocupa na Academia Brasileira de Letras. Também não desperdiçaria o caminhão de dinheiro público que já despejou nos eventos de promoção da sua candidata à sucessão, a ministra Dilma, mãe do PAC (Programa de Aceleração da Candidatura), por causa de um anel no dedo que a população nem reparou.

Texto originalmento escrito para a coluna Mais Atitude!, que assino aos sábados no Jornal da Cidade.