Nesta semana duas atividades me levaram à reflexão sobre meu fazer político: o debate dos Novos Tucanos com o cientista político Luiz Felipe d'Avila, defensor do Voto Distrital, e o encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que entrevistei para meu bloco na TV Band.
Ambos têm em comum uma mentalidade absolutamente sintonizada com a sociedade atual e a disposição de desafiar o senso comum ao destacar pontos polêmicos, dos quais os políticos brasileiros insistem em fugir. Ouvi dos dois que um líder não necessariamente segue a maioria, mas busca convencê-la do que acredita. Desafiam portanto a predominância do marketing e seu excesso de pragmatismo.
FHC falou que os partidos precisam ter alma, que suas máquinas já não funcionarão e cada vez mais falarão aos ventos se não tiveram coragem de dialogar com as pessoas, ao invés de ficar querendo apenas cooptá-las.
Homenageei o ex-governador Mario Covas na principal atividade dos Novos Tucanos, dando seu nome ao nosso ciclo de educação política, porque seu legado diz respeito justamente ao que relato aqui. Ele saneou o Estado de São Paulo compartilhando com a população o motivo do que estava fazendo. Para ele, como lembrou Luiz Felipe em sua fala, havia uma pessoa por trás de cada número.
Termino a semana com a certeza de que #dápraserdiferente, apesar de o sistema insinuar que todo mundo tem que ser igual para poder galgar uma carreira pública. E depende de nós assumirmos a responsabilidade de acreditar. Nas próximas eleições, brilho nos olhos para defender uma nova política.
Entrevistando FHC
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