Visões urbanas
Ilustrador: Insane
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Twittar a política
Criei um twitter e adicionei o governador José Serra. Por certas postagens dele, tenho quase certeza de que é ele próprio quem escreve. O deputado estadual Bruno Covas, que também está na minha rede, garante postar do próprio punho. Acredito, porque até com mensagem de celular dá para atualizar.
Se a tecnologia não tem limites, ilimitadas também as possibilidades de utilizá-la em prol da transparência pelos homens públicos. O próprio Serra baixou resolução para que o governo do Estado caminhe na direção de ampliar a acessibilidade dos servidores públicos às redes sociais.
Isso porque elas têm sido utilizadas como ferramenta governamental na área de comunicação. A Secretaria Estadual de Gestão Pública, inclusive, implantou a Rede Paulista de Inovação em Governo, acessada pelo www.igovsp.net.
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Na maior capital do país, o prefeito Gilberto Kassab passou a publicar os salários de todos os funcionários na internet. A medida chegou a ser derrubada na justiça, mas revista em instância superior. Agora, ele pretende publicar também o horário de cada um e o local em que atua.
O setor público antes habitat perfeito para todo tido de dinassauros – incluindo o Rex, braço curto, como brincou o jovem vereador Gustavo Martinelli –, tende a se modernizar. E o efeito é a melhoria da qualidade de vida do cidadão, plugado diretamente na fonte da informação.
É só o começo
Conheci o vice-prefeito Luiz Fernando Machado em 2003, num curso de formação política do PSDB em São Paulo. Eu já estava estruturando a juventude do partido em Jundiaí há algum tempo, mas só fui conhecer a jovem liderança da minha cidade lá, presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito Padre Anchieta.
Depois, integrei a primeira gestão do Conselho Municipal da Juventude, que ele presidiu. Ano passado, quando havia briga pela vaga de vice, liderei o movimento que pressionou os caciques a escolhê-lo. Hoje, presido o Conselho e, além disso, cuido das políticas públicas para a juventude do segmento vinculado ao seu gabinete.
É com conhecimento de causa que fico feliz por ver Luiz Fernando, aos 31 anos, assumir a prefeitura por 12 dias, lhe confiados pelo prefeito Miguel Haddad, em viagem para o exterior. Vejo essa oportunidade como recompensa para alguém que tem trabalhado intensamente para ajudar o governo a cuidar bem da cidade e dar o salto de desenvolvimento prometido na campanha. Luiz se envolve, luta, vai a campo, é humilde, procura saber do que a comunidade precisa. É renovação oportuna e entusiasmada!
Da pauta da cidade para a da Câmara Municipal
Nesta semana, saí melhor do que entrei do gabinete do jovem vereador Gustavo Martinelli, devido a sua adesão à idéia da criação da Frente Parlamentar pela Juventude. Juntamente com os vereadores Leandro Palmarini (Bicho Legal) e o presidente Tico, ele estimulará o debate acerca de questões como o incentivo ao estágio, a educação profissionalizante, a criação de oportunidades para os jovens artistas e de equipamentos culturais e esportivos, entre inúmeras outras cruciais para o futuro da cidade.
Confraria Cultural
A cada quinze dias, o charmoso café Stock Brazil, anexo à loja de móveis com o mesmo nome, reluz o brilho dos olhos de um grupo idealista. Ali pulsa a Confraria Cultural, formada por um grupo de pessoas interessadas em pensar e contribuir com a cultura de Jundiaí.
Sua primeira realização, ano passado, foi conseguir arrecadar recursos para o bailarino Jonathan, aluno de um precursor da dança em nossa cidade, o confrade Carlos Faustini. O menino ganhou bolsa no Canadá e precisou de auxílio para a viagem.
Tão boa a repercussão que, a pedido do grupo, o prefeito Miguel Haddad e a secretária de Cultura, Penha Camunhas, o contrataram para se apresentar aos alunos das oficinas gratuitas da prefeitura para a comunidade no próximo mês.
Naturalmente
Toda vez que leio o letreiro “Lanchonete” Natura me dá uma indignação. Por que o bar do Vianelo, onde resiste a boemia da cidade, amante da música popular brasileira, não se chama pelo que é de fato. Ficaria mais elegante “Boteco” Natura, inclusive, no bom sentido.
Das mesas de lá, na companhia de artistas e gente cabeça, saem várias das boas idéias desse grupo. Muitos bares hoje em dia tentam sem sucesso uma atmosfera verdadeiramente boêmia, onde Vinicius de Moraes se sentiria à vontade.
Nesta semana, numa altura da noite já forçado pela lei do silêncio, Roberto Zambelli cantou à voz e violão, na mesa de um público privilegiado, sem X-Burguer na mesa.
Texto originalmente publicado na coluna Mais Atitude!, que assino aos sábados no Jornal da Cidade.