Brinde à democracia
Justamente na semana em que meu blog – http://www.marcioferrazzo.blogspot.com/ – ultrapassou os 2.000 acessos, alcançou o que almejei com sua criação: servir de palco para uma boa troca de idéias, no pleno exercício da democracia. No lugar da ilustração do grafiteiro Insane, reproduzo aqui meu post e a discussão gerada por ele:
Justamente na semana em que meu blog – http://www.marcioferrazzo.blogspot.com/ – ultrapassou os 2.000 acessos, alcançou o que almejei com sua criação: servir de palco para uma boa troca de idéias, no pleno exercício da democracia. No lugar da ilustração do grafiteiro Insane, reproduzo aqui meu post e a discussão gerada por ele:
O "mensalão da UNE"
Desde que Lula assumiu, a UNE já recebeu mais de R$10 milhões em verbas federais. Não à toa permanece calada diante da atual crise política. No lugar dos caras pintadas que ajudaram a derrubar Collor, um bando de cabos eleitorais a serviço de ideologias mofadas e lucrativas.
O congresso encerrado nesta semana novamente coroou a mediocridade e reconduziu a União da Juventude Socialista, ligada ao PCdoB, à condição de despachantes oficiais nos gabinetes e palácios do governo, atuando não como porta vozes dos direitos legítimos da classe estudantil, mas como recebedores dos polpudos cheques – só em 2009, já somaram R$2,5 milhões.
O pior é que as forças derrotadas na verdade lutam não para mudar as práticas, mas para conduzi-las. Uma delegada de Jundiaí, a colega do Conselho Municipal da Juventude Fernanda Nucci, relatou com precisão o que viu: http://www.moinhodosmundos.blog.com/.
O comentário do Edicarlos Vieira, presidente do Diretório Central dos Estudantes da Unianchieta (DCE), filiado ao PMDB, militante da UNE pelo movimento Mutirão e organizador da caravana de Jundiaí:
“A democracia é apenas uma ilusão, vivemos a lei do mais forte. Somos uma força como as outras dentro da UNE, temos propostas e projetos e muito orgulho em levantar a bandeira da UNE em qualquer canto. Se tiver algo errado dentro da nossa casa, temos que combater, ou será que deveríamos sair de casa? Lutamos pra impedir medidas absurdas como o Projeto de Lei (PL) do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) que proíbe meia-entrada para estudantes nos finais de semana e feriados. Conduzir as VELHAS práticas é dizer amém para a hipocrisia. O Poder público tem a obrigação de patrocinar eventos de Juventude... No entanto a regra é clara... não podemos criticá-los!!! Viva a pseudo-democracia.”
O comentário Arthur Augusto, membro do DCE da Unianchieta, filiado ao PT, militante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da UNE pelo movimento Mutirão:
“Entendo que o governo, seja qual for a esfera, tem que patrocinar projetos e instituições. Para o bem do Brasil, nosso governo federal faz. Porém, acredito que chamar de mensalão o patrocínio do governo é no mínimo desagregar novos parceiros para fomentar políticas públicas principalmente se ela for de juventude.
Infelizmente a UJS (PCdoB) domina a UNE um bom tempo por incapacidade de nossos partidos de não darem a devida atenção a políticas de juventude (estudantil) e agregar jovens em um projeto.Somente agora a UNE aceita universidades privadas e é questão de tempo para que possamos democratizar mais a participação e mudar o que vemos hoje. Não tenho dúvidas de que conseguiremos alcançar nossos objetivos.”
Partidários da luta
Defendo a despartidarização da UNE. A palavra “investir” para ganhar espaço é sintomática. Só se investe no que se dá retorno. E lucro, para os partidos políticos, significa poder.
Contribuir para a realização de qualquer atividade por uma instituição legitimada é bastante diferente do seu aparelhamento e distribuição de recursos públicos de forma pouco criteriosa. Antes da liberação das verbas, o governo federal deveria auditar o processo fraudulento de realização dos congressos.
Evidentemente que a proibição da meia-entrada aos finais de semana é um absurdo, mas a UNE pouco faz além de reafirmar sua posição partidário-ideológica abrindo parênteses para mostrar que o senador é do PSDB.
Apesar de pontos discordantes com os blogueiros Edicarlos e Arthur, parabenizo pela mobilização dos estudantes de Jundiaí. Não defendi a apatia. Como eles, sou partidário da luta.
O diploma não tem alma
O Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão estritamente técnica ao desobrigar o diploma para o exercício do jornalismo, mas provocou na sociedade um saudável debate acerca da natureza da profissão.
Melhor que o senso de sobrevivência dos jornalistas pautado pelo corporativismo e reserva de mercado, outra postura para competir com gente com formação em outra área, mas alma de jornalista e, em muitos casos, muito mais e melhor treinada a um olhar crítico.
Em entrevista para o programa Roda Viva desta semana, o jornalista americano Gay Talese, ícone histórico do jornalismo literário, afirmou: “o jornalismo é uma profissão nobre e não pode ser ensinada”. Ninguém desprovido de ética e curiosidade, por exemplo, pode ser um bom profissional, em sua opinião.
O orçamento é coisa nossa
Desde que Lula assumiu, a UNE já recebeu mais de R$10 milhões em verbas federais. Não à toa permanece calada diante da atual crise política. No lugar dos caras pintadas que ajudaram a derrubar Collor, um bando de cabos eleitorais a serviço de ideologias mofadas e lucrativas.
O congresso encerrado nesta semana novamente coroou a mediocridade e reconduziu a União da Juventude Socialista, ligada ao PCdoB, à condição de despachantes oficiais nos gabinetes e palácios do governo, atuando não como porta vozes dos direitos legítimos da classe estudantil, mas como recebedores dos polpudos cheques – só em 2009, já somaram R$2,5 milhões.
O pior é que as forças derrotadas na verdade lutam não para mudar as práticas, mas para conduzi-las. Uma delegada de Jundiaí, a colega do Conselho Municipal da Juventude Fernanda Nucci, relatou com precisão o que viu: http://www.moinhodosmundos.blog.com/.
O comentário do Edicarlos Vieira, presidente do Diretório Central dos Estudantes da Unianchieta (DCE), filiado ao PMDB, militante da UNE pelo movimento Mutirão e organizador da caravana de Jundiaí:
“A democracia é apenas uma ilusão, vivemos a lei do mais forte. Somos uma força como as outras dentro da UNE, temos propostas e projetos e muito orgulho em levantar a bandeira da UNE em qualquer canto. Se tiver algo errado dentro da nossa casa, temos que combater, ou será que deveríamos sair de casa? Lutamos pra impedir medidas absurdas como o Projeto de Lei (PL) do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) que proíbe meia-entrada para estudantes nos finais de semana e feriados. Conduzir as VELHAS práticas é dizer amém para a hipocrisia. O Poder público tem a obrigação de patrocinar eventos de Juventude... No entanto a regra é clara... não podemos criticá-los!!! Viva a pseudo-democracia.”
O comentário Arthur Augusto, membro do DCE da Unianchieta, filiado ao PT, militante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da UNE pelo movimento Mutirão:
“Entendo que o governo, seja qual for a esfera, tem que patrocinar projetos e instituições. Para o bem do Brasil, nosso governo federal faz. Porém, acredito que chamar de mensalão o patrocínio do governo é no mínimo desagregar novos parceiros para fomentar políticas públicas principalmente se ela for de juventude.
Infelizmente a UJS (PCdoB) domina a UNE um bom tempo por incapacidade de nossos partidos de não darem a devida atenção a políticas de juventude (estudantil) e agregar jovens em um projeto.Somente agora a UNE aceita universidades privadas e é questão de tempo para que possamos democratizar mais a participação e mudar o que vemos hoje. Não tenho dúvidas de que conseguiremos alcançar nossos objetivos.”
Partidários da luta
Defendo a despartidarização da UNE. A palavra “investir” para ganhar espaço é sintomática. Só se investe no que se dá retorno. E lucro, para os partidos políticos, significa poder.
Contribuir para a realização de qualquer atividade por uma instituição legitimada é bastante diferente do seu aparelhamento e distribuição de recursos públicos de forma pouco criteriosa. Antes da liberação das verbas, o governo federal deveria auditar o processo fraudulento de realização dos congressos.
Evidentemente que a proibição da meia-entrada aos finais de semana é um absurdo, mas a UNE pouco faz além de reafirmar sua posição partidário-ideológica abrindo parênteses para mostrar que o senador é do PSDB.
Apesar de pontos discordantes com os blogueiros Edicarlos e Arthur, parabenizo pela mobilização dos estudantes de Jundiaí. Não defendi a apatia. Como eles, sou partidário da luta.
O diploma não tem alma
O Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão estritamente técnica ao desobrigar o diploma para o exercício do jornalismo, mas provocou na sociedade um saudável debate acerca da natureza da profissão.
Melhor que o senso de sobrevivência dos jornalistas pautado pelo corporativismo e reserva de mercado, outra postura para competir com gente com formação em outra área, mas alma de jornalista e, em muitos casos, muito mais e melhor treinada a um olhar crítico.
Em entrevista para o programa Roda Viva desta semana, o jornalista americano Gay Talese, ícone histórico do jornalismo literário, afirmou: “o jornalismo é uma profissão nobre e não pode ser ensinada”. Ninguém desprovido de ética e curiosidade, por exemplo, pode ser um bom profissional, em sua opinião.
O orçamento é coisa nossa
A prefeitura, através da secretaria de Finanças, disponibiliza já há quatro anos, a consulta pública sobre o orçamento na internet. Qualquer cidadão pode se manifestar e sugerir melhorias para seu bairro e para a cidade.
A inovação é acompanhada de uma pesquisa que abrange toda a cidade. Apesar das recentes bravatas da oposição na Câmara Municipal, é orçamento participativo de fato. Para participar, é só acessar o site http://www.jundiai.sp.gov.br/.
A fábrica de talentos Éos
A atriz jundiaiense Juliana Galdino, ex-Performático Éos, foi indicada para o prêmio Shell concorrendo com Fernanda Montenegro e Bete Faria, pela sua atuação na peça “Comunicação a uma academia”, em que interpreta um macaco.
Texto originalmente publicado na coluna Mais Atitude!, que assino aos sábados no Jornal da Cidade.
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