sexta-feira, 29 de maio de 2009
José Renato Forner, outrora Zé, hoje MC Zé ao quadrado, ator e dono do blog www.quandoacabar-omalucosoueu.blogspot.com, se empolgou com o show do Marcelo D2 na Virada Cultural e escreveu o rap “É nóis”. Confira um trecho:
“(...) na escola me ensinaram o hino nacional
mão no peito, respeito. Ninguém pode falá mal
até hoje procuro o brado forte, retumbante
que vacilo, no vasculho só encontrei herói infam
e o grito da independência não foi dado por aqui.
polícia mata na bocada, não respeita nem guri
berço esplêndido só p'ra quem tem costa quente.
Quem não tem se ferra, não é gente (...)”.
Visões urbanas
Ilustrador: Insane
Contato: inn165@hotmail.com
Flickr: http://www.flickr.com/photos/insaneone
Não há vagas
Conseguir estágio não está fácil. Segundo o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), ao passo em que explode a procura por vagas, boa parte do empresariado se mantém de braços cruzados. A nova Lei do Estágio deixou contente quem já tem a vaga, porque estabeleceu certos benefícios, mas trancou a porta para novos estudantes.
...
Ironicamente, a autora da nova Lei do Estágio foi a deputada federal Manuela D’Ávila, do PCdoB, partido que domina a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Especial da Conferência Livre sobre Segurança Pública
O primeiro evento realizado pela atual gestão do Conselho da Juventude, empossada no início do ano, mostrou que o grupo não está para brincadeira.
Foi bonito o envolvimento dos conselheiros e voluntários que dedicaram o sábado para uma causa importantíssima. Fez sentido a frase da conselheira Fernanda Nucci: "Não subestime a capacidade dos jovens", com a participação de cerca de 300 jovens.
Roda mundo, roda gigante...
Antes da mesa de abertura, os batuques africanos valorizaram a diversidade como elemento da cultura de paz. Sob os versos da música "Roda Viva", de Chico Buarque, que marcou a resistência à ditadura militar, na voz da cantora Clarina, o grupo Performático Éos emocionou ao mostrar que o pior analfabeto é o analfabeto político, com o texto "O analfabeto político", de Brecht.
Na data certa
O dia do evento, 23, marca no calendário oficial o "Dia da Juventude Constitucionalista", quando quatro jovens estudantes de São Paulo foram mortos num confronto com a polícia, em manifestação contra a ditadura de Getúlio Vargas.
Protagonismo juvenil na prática
A programação cultural da Conferência, que contou com rap, dança de rua, teatro, música instrumental, banda etc. de alunos das escolas estaduais, retratou o entendimento de que a "prevenção social do crime e das violências e a construção da paz", tema que pautou os debates, está diretamente ligada à valorização do comportamento jovem, com a oportunidade para que ele se expresse.
Ao permitir ainda que duas alunas, pertencentes a grêmios estudantis, fizessem a leitura do relatório final, fomos do discurso à prática do protagonismo juvenil.
A fala do Prefeito
A fala do prefeito Miguel Haddad de que a prefeitura quer um canal de comunicação direto com a juventude foi uma grande recompensa.
Ela tem mais atitude!
O escritor irlandês George Bernard Shaw disse que o homem insensato tenta fazer com que o mundo se adapte a ele. Fernanda Nucci, conselheira municipal da Juventude, é uma dessas insensatas. Converso com gente como ela a partir de hoje.
Você vai mudar o mundo?
Posso mudar o mundo com pequenos gestos. Por exemplo: educando bem minhas filhas. Um dia li que o papel da utopia é nos fazer chegar cada vez mais longe em busca do nosso alcance.
Não tem medo que o mundo mude você?
Só me permito mudar para melhor.
E se todo mundo lutasse assim?
Se todo mundo buscar agir com respeito à condição humana, responsabilidade social, ambiental e atitudes cidadãs, como diz a cantora Ana Carolina, a gente não muda o começo, mas muda o final.
Grosso calibre
No lançamento do livro do jornalista Sandro Vaia em São Paulo, dia 26, gente do calibre do prefeito Gilberto Kassab, dos jornalistas Cesar Giobbi e Fabbio Perez, do pintor Inos Corradin e... do ex-prefeito Ary Fossen.
Texto originalmente publicado na coluna Mais Atitude!, que assino aos sábados no Jornal da Cidade.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Soltando o verbo!
Na defesa das ações para a Juventude, diante do prefeito Miguel Haddad, do Vice Luiz Fernando Machado e das demais autoridades.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Mais fotos da Conferência
A Conferência sobre Segurança Pública para a Juventude
Foi bonito o envolvimento dos conselheiros e voluntários que dedicaram o sábado para uma causa importantíssima. Fez sentido a frase da conselheira Fernanda Nucci: "Não subestime a capacidade dos jovens", com a participação de cerca de 300 jovens.
Roda mundo, roda gigante...
As iniciais de seus nomes, MMDC, passaram a ser o símbolo da revolta de São Paulo que eclodiu no dia 9 de julho e passou para a história com o nome de Revolução Constitucionalista de 32. O movimento, que mobilizou cerca de 100 mil homens, defendia a instalação imediata da Assembléia Constituinte e acusava Getúlio Vargas de retardar a elaboração da nova Constituição do país.
A programação cultural da Conferência, que contou com rap, dança de rua, teatro, música instrumental, banda etc. de alunos das escolas estaduais, retratou o entendimento de que a "prevenção social do crime e das violências e a construção da paz", tema que pautou os debates, estão diretamente ligadas à valorização do comportamento jovem, com a oportunidade para que ele se expresse.
Ao permitir ainda que duas alunas, pertencentes a grêmios estudantis, fizessem a leitura do relatório final, fomos do discurso à prática do protagonismo juvenil.
A fala do prefeito Miguel Haddad de que a prefeitura quer um canal de comunicação direto com a juventude foi uma grande recompensa.
Juventude debate segurança pública
A 1ª Conferência Livre sobre Segurança Pública, organizada ontem no Complexo Argos, pelo Conselho Municipal de Juventude, resultou em um documento com princípios e diretrizes para serem apresentadas na Conferência Municipal de Segurança Pública. O evento deve ocorrer entre os dias 27 e 29 de maio e vai contar com as ideias de cerca de 300 jovens que discutiram sobre o assunto.
O relatório final da conferência definiu, como ordem de prioridade, os valores e resgates dentro da estrutura familiar; a ação conjunta entre sociedade e seus segmentos; acesso e informação cultural; e a valorização do ser humano. Entre as diretrizes estão promover ações sociais em centros comunitários, com noções de cidadania; fomentar a formação de líderes comunitários; difundir que a segurança pública é responsabilidade de todos; facilitar debates que provoquem acesso à informação, à discussão e à formação de opinião; e viabilizar e fomentar políticas públicas de prevenção criminal, entre outras ações.
A professora Flávia Martinez, 25 anos, participou de um dos grupos de discussão e destacou que a viabilização de projetos nas escolas foi um dos pontos principais. "Existem grêmios estudantis nas escolas, mas as informações de eventos que ocorrem na cidade não chegam até eles". Já o presidente do Conselho Municipal da Juventude, Márcio Ferrazzo, enfatizou que o tema do evento foi "A Prevenção Social do Crime das Violências e Construção da Paz". "É a primeira vez que se abre um debate com a juventude sendo protagonista".
Muitas vezes me perguntam o porquê desta coluna. Basquiat, o jovem grafiteiro negro nova-iorquino que marcou o mundo da arte, provou que mais importa a mensagem do que o muro. Ao convidar um grafiteiro para ilustrá-la, reforcei o anúncio da estréia – há seis semanas – de que este espaço defenderia as idéias que resistem às advertências obscurantistas.
Visões urbanas
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Os mares da política
Não à toa o jornal Estadão publicava trechos de Os Lusíadas no lugar das matérias censuradas pelo regime militar. No livro de Camões, os deuses do Olimpo decidem o destino dos navegantes. Os versos mostram ainda o Velho do Restelo a acusar de vaidosos os que se lançam às aventuras ultramarinas, quando Portugal vivia um momento de euforia nas grandes navegações. Cruzar os mares da velha política muitas vezes dá tanto trabalho quanto cruzar o Oceano Índico.
O livro do Sandro Vaia em Jundiaí
A colunista do Estadão Sonia Racy anunciou quinta-feira o lançamento em São Paulo, dia 26, e eu anuncio o em Jundiaí: o livro “A ilha roubada”, do jornalista Sandro Vaia, sobre “Yoani, a blogueira que abalou Cuba”, pela editora Barcarolla, será lançado dia 29 de maio, sexta-feira, às 19 horas, no boteco Birra, na Av. 9 de Julho, nº 1200.
Mais do que secretário, tem direção
Na empolgação de sugerir um nome como o do Sandro Vaia ao prefeito Miguel Haddad, errei ao dizer no sábado passado que a secretaria de Comunicação está sem secretário. Na verdade, Clóvis Galvão, o secretário de Administração, comanda a reestruturação do órgão.
Clóvis tem experiência administrativa e faro político para deixar a casa em ordem antes que um novo comandante assuma. Quem criou o Compra Aberta, programa que diminuiu em média 22% do custo das compras públicas, através de pregões via internet, já coloca a secretaria na rota da transparência e da profissionalização da gestão pública.
...
Aliás, o time de Miguel Haddad possui mais gente que merece uma música do Marcelo D2, como a que ele fez para o Ronaldo, o fenômeno do futebol. José Antonio Parimoschi na de Finanças, Tânia Pupo na da Saúde e Carlos Umberto Rossi na de Recursos Humanos, além do Clóvis, justificam o que o prefeito chama de governo técnico.
O primeiro evento
A atual gestão do Conselho Municipal da Juventude realiza hoje seu primeiro evento. A Conferência Livre sobre Segurança Pública será realizada no complexo Argos, das 12:00 às 18:00 horas, e contará, além dos debates, com diversas atividades culturais de estudantes das escolas estaduais. O grupo teatral Performático Éos apresentará, antes da mesa de abertura, o texto “O analfabeto político”, de Bertold Brecht.
Feliz coincidência
Sábado, Virada Cultural, no aguardo do show da banda Vanguart, ouço: "Quem é esse Márcio Ferrazzo". A frase vinha do ator Julio Machado, de quem falei na coluna do Jornal da Cidade naquele exato dia. Já havíamos tido rápido contato, mas ele não lembrava. Contou-me um pouco mais sobre trabalhos que desenvolve na TV Cultura, discutimos financiamento de projetos culturais e até, juntamente com outros artistas, como o Kléber da banda Amatoria, chegou a sugerir a formação de um grupo para se aprofundar no assunto. Conhecer gente é a coisa que mais gosto de fazer. E não é todo dia que se conhece melhor um Julio Machado!
Virada Cultural Jundiaiense
Após o sucesso de público da Virada Cultural Paulista em Jundiaí – mais de 46 mil pessoas – os artistas sugerem a realização de evento igual só com apresentações de jundiaienses.
Banda Clã em São Paulo
Lançada no Espaço da Juventude no ano passado, a banda Clã estreiou em São Paulo ontem, no Itaim Bibi. Seu DVD foi gravado numa das salas do complexo Fepasa, antiga Estação Ferroviária.
Confira: http://www.youtube.com/user/bandacla.
Revelação
Um dos grandes feitos da TV Rede Paulista, afiliada da TV Cultura, foi a revelação da apresentadora do programa jovem Cult Shake, a talentosíssima Tati Wan, vocalista da banda Clã.
Prefeitura pedala projeto
Os ciclistas que participam da Bicicletada Jundiaí, toda a última sexta-feira do mês, podem sair mais felizes no dia 29 de maio: a prefeitura estuda a implantação de projeto destinado à construção de ciclovias no entorno das marginais e dos rios.
Texto originalmente publicado na coluna Mais Atitude!, que publico aos sábados no Jornal da Cidade.
Não tive tempo?
NÃO TIVE TEMPO
Não tive tempo: de te ver, de te responder, de concluir a apresentação, de entregar o artigo, de cumprir o prazo, de viajar, de ir ao banco, de consertar a luz. Não tive tempo nem de te explicar que não teria tempo, pois, quando vi, já era, já tinha passado o tempo. Não tive tempo, me explicaram: estou estressado. (........) Não tive tempo é o que dizemos quando temos que optar. A grande oferta atual nos obriga à opção, a escolhas incessantes, uma vez que uma das principais características do laço social na globalização é a falta de um modelo único com capacidade de hierarquizar as oportunidades. Estresse, nesse contexto, nada mais é que covardia da escolha, pois não há escolha sem risco. Melhor colocado assim, na responsabilidade da pessoa. Estresse deve ser tratado com escolha, ponto.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Banda Clã
No youtube: http://www.youtube.com/user/bandacla
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Feliz coincidência
Do fundo da garganta
Quando
Numa noite ele a encontra ao luar
Trocam-se olhares
- Sua mão busca a dela
- Sua mão busca a dele
Trocam-se beijos
Nem vêem o tempo passar
Com a promessa de um pra o outro ligar
Eles têm que partir
- O sorriso acompanha a lembrança
Nenhum sabe pra onde o outro vai
Mas levam esperança
...
O telefone pulsava ocupado
- Ela também tentava ligar
De tanto insistir desistiu
- E ele deixou pra outro dia
Um disco ela pôs pra tocar
Ele ao violão recorreu
- Demorou, mas nos sonhos perderam-se
...outros dias tentaram falar:
um dia o telefone tocava e ninguém pra atender
outro dia o telefone ocupado...
Até que abandonaram os pulsos
(a esperança já havia morrido)
Mas há de se entender:
a esperança só morre depois que a lembrança esquece o sorriso sorrindo sozinho.
Fortaleza
Quando a onda se quebra na pedra
O coração bate mais forte
Mas não se rende às pressões...
E mantém trancadas na fortaleza que é
as lágrimas contidas, além do medo da morte.
Insistentemente outra onda se aproxima
Ignorando o peito que grita
- Não tem pena nem de si própria,
que no arrebate se explode as veias,
que dirá do poeta que lhe observa da areia?
...
Mas se nada a faz parar,
o coração resistirá.
e a poesia a sucumbir no mar...
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Na semana passada, falhamos ao não publicar a ilustração do grafiteiro Insane. Retorno ao tema, com o fato tão revelador do poder quanto o mito grego:
O deputado federal Sérgio Moraes, do Rio Grande do Sul, se utilizou da arrogância de Zeus ao afirmar que “se lixa para a opinião pública”. Como não precisa dela para se reeleger, lhe interessa o castigo ao Prometeu, amarrado pelo deus dos deuses por entregar o fogo, símbolo do conhecimento, para a humanidade.
Ilustrador: Insane
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O acidente por trás do acidente
Ao matar dois jovens dirigindo em alta velocidade, com suspeita de embriaguez, carteira de motorista suspensa – carimbada com 30 multas e 120 pontos –, o deputado estadual Carli Filho mostrou que a população do Paraná sofreu grave acidente com sua eleição.
O comportamento do parlamentar, que possui apenas 26 anos, contribui para a morte da esperança na renovação responsável da política.
A visita ao Sandro Vaia
Aos 16 anos de idade, tive a oportunidade de mostrar meus artigos ao jornalista jundiaiense Sandro Vaia, então diretor de redação do Estadão, apresentado pela amiga Sandra Cárnio. Muito gentilmente, ele me recebeu em sua casa e, após alguns dias, me enviou suas críticas e sugestões.
Sempre me faltou certeza se queria ser político ou jornalista. Cheguei a solicitar desfiliação do PSDB na época, após ter meu potencial para a escrita reconhecido. Como não estou na política por acaso, mas por vocação, acabei permanecendo e ainda concorrendo a vereador em 2004, menos de dois anos depois.
Submeti minha incerteza ao Sandro, que me ajudou a clarear o ponto de interseção entre jornalismo e política: a preocupação com a sociedade – refiro-me, claro, às boas práticas, em que ele é referência.
O Scaringella da Comunicação
Sandro Vaia foi diretor de Redação do Estadão após comandar a diretoria de Informação da Agência Estado. Esteve à frente do processo de modernização gráfica e editorial do jornal. Reúne as experiências de executivo e jornalista, com qualidade técnica nos padrões da grande imprensa.
Seria um nome à altura do secretário de Transportes, Roberto Scaringella, fundador da CET de São Paulo e um dos maiores especialistas do país na área, para a secretaria de Comunicação, ainda sem secretário, do governo técnico de Miguel Haddad.
Livro do Sandro Vaia
Falo tanto de Sandro Vaia hoje não só pela sua importância, mas também pelo lançamento de seu livro “A ilha roubada”, no dia 26 de maio, das 18h30 às 21h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, sobre “Yoani, a blogueira que abalou Cuba”. Em breve será lançado também em Jundiaí.
Só para estudantes
A secretaria de Cultura esteve nesta semana na Unip para divulgar a Maratona de Bandas Estudantis, com show da ótima banda Tônica.
O problema é que se a banda que quiser se inscrever tiver alguém fora da escola, mesmo tendo também estudantes, terá sua inscrição negada.
Primeiro passo
Aliás, não nos enganemos: estamos ainda apenas no primeiro passo desta maratona, porque a atividade cultural dos jovens vai muito além de bandas formadas por jovens estudantes.
Alma do negócio
Na minha casa, muitas vezes sou questionado sobre os eventos culturais da cidade. Isso me impressiona porque se meus familiares, que vivem na região central, não sabem, imaginem a massa da população.
Como exemplo, Curitiba apresentou em maio seu Guia Cultural 2009, com distribuição gratuita e apoio do jornal Gazeta do Povo. Com design atrativo, apresenta a identidade do município, através dos seus principais pontos e eventos. Não se trata de nenhuma idéia genial, mas de política cultural com alma.
Verdadeira virada cultural
Quem acordou cedo, descanse à tarde porque começa hoje a Virada Cultural Paulista em Jundiaí. A programação pode ser acessada no site da prefeitura: http://www.jundiai.sp.gov.br/. Marcelo D2 vai lembrar, à meia noite no Parque da Uva, que a verdadeira virada cultural deve ser perseguida o ano todo.
Timing, com Julio Machado
O ator jundiaiense Julio Machado integra o elenco do curta-metragem “Timing”, ao lado do global Caco Ciocler, com quem também divide o palco na peça “Imperador e Galileu”. O filme será exibido no 13º Cultura Inglesa Festival, na unidade de Jundiaí da escola de inglês. Maiores informações pelo telefone 4521-0330.
Timing in Natura
Conheci o ator no bar Natura, reduto da boemia, localizado no Vianelo, onde o cantor e violonista Zambelli recebe, com sua cortesia habitual, cantores para palhinhas por vezes memoráveis, como na canção “Folhetim”, interpretada por Julio na ocasião.
Texto originalmente publicado na coluna Mais Atitude!, que assino aos sábados no Jornal da Cidade.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Domingão em Sampa
A dupla de grafiteiros brasileiros Osgemeos expõe o painel Rodopiando, à venda por 88.000 dólares.
Veja mais: http://vejasaopaulo.abril.com.br/red/fotos-e-imagens/sp-arte/#img/01.jpg
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Equílibrio
domingo, 10 de maio de 2009
Aonde queremos chegar
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Prometeu roubou o fogo dos céus, símbolo do conhecimento, e entregou aos humanos. Como castigo, Zeus, o senhor dos deuses, o amarrou e mandou uma águia comer eternamente um pedaço do seu fígado, órgão do corpo que se regenera.
Assisti à montagem teatral desse mito grego no feriado, pelo grupo experimental Circo Mínimo. No monólogo, o ator impressiona pendurado pelos pés quase 50 minutos, apresentando ao público as causa de sua punição e questionando os poderosos que o condenaram.
Quando pegos em flagrante, comendo nosso fígado, muitos que se acham Zeus na política brasileira não cansam de acusar e tentar amarrar Prometeu.
Visões urbanas
Ilustrador: Insane
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Plantio na Câmara Municipal
Já está no forno o projeto do Parlamento Jovem na Câmara de Jundiaí. Gustavo Martinelli, o mais votado do PSDB, faz jus aos 23 anos e levanta a bandeira das políticas públicas para a juventude no Legislativo.
O projeto permitirá que estudantes simulem o papel de vereadores, com posse, sessões, mesa diretora e tudo mais. Gustavo recebeu a sugestão do deputado estadual Bruno Covas, que a enviou para 93 vereadores do PSDB com menos de 30 anos.
...
Como o cidadão pouco sabe das funções dos nobres edis, a importância do Parlamento Jovem é contribuir para a formação de eleitores mais críticos, menos clientes do assistencialismo e, quiçá, políticos legisladores e fiscalizadores do executivo.
Guerra de anfitriões
Conselheiros da Juventude que quiserem emagrecer não devem integrar grupo de trabalho. As reuniões, realizadas sempre na casa de um dos membros, tem se tornado uma guerra de quem serve melhor a mesa. O páreo está duro entre Edicarlos Vieira, da Unianchieta, Suénny Xanda, do CIEE, e Fernanda Nucci, do 3º Setor.
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A comilança serve como fonte de energia para a organização da 1ª Conferência Livre sobre Segurança Pública para a Juventude, que o Conselho realizará no dia 23 de maio, a partir das 9 horas, no Complexo Argos.
Vem aí o Reencontro
Tive a idéia e o projeto anda a mil por hora. No segundo semestre, dividirão o palco a cantora Clarina Fasanaro e o ícone da boemia jundiaiense Roberto Zambelli, sob a coordenação do diretor teatral Carlinhos Pasqualin, no show “Reencontro”. Eles receberão ainda a cantora Odiles Moro, convidada pela Clarina, o cantor e instrumentista João JamPaulo, convidado pelo Zambelli, além do violonista Claudinei Duran – artistas que marcaram a trajetória de ambos.
Quando se conheceram, na década de 80, Jundiaí bombava culturalmente. Na época, dividiram o mesmo palco, do Teatro Glória Rocha. Agora voltam ao mesmo local, após percorrerem caminhos quase opostos.
...
O inusitado encontro me lembra show do internacional clarinetista Paulo Moura com o forrozeiro Josildo Sá. Estilos diferentes numa junção capaz de preservar cada identidade e ainda gerar uma terceira.
No Youtube, trecho de apresentação no programa Senhor Brasil, da TV Cultura: http://www.youtube.com/watch?v=49nuXgOndLA.
Avenida Cultural
O Pavão Misterioso aterrissa na 9 de Julho novamente para a 2ª edição do Espaço da Juventude. Convidado pelo movimento Mais Atitude!, o grupo Performático Éos assume a direção do local, abrindo uma avenida de possibilidades artísticas.
Maratona de Bandas
Até o dia 29 as bandas dos estudantes jundiaienses podem se inscrever para participar da 1ª Maratona de Bandas Estudantis, promovida pela Prefeitura, que será realizada no dia 28 de junho, a partir das 15 horas, no Parque da Uva.
O legal de participar, além da oportunidade de divulgar o trabalho, é que os três primeiros colocados estarão automaticamente classificados para a semifinal do Festival Jundiaí Canta Encanto. Maiores informações: 4251-6922 / 6193 (Casa da Cultura).
...
A Maratona de Banda é um bom exemplo de como os espaços públicos podem ser mais e melhor aproveitados.
Mesmo assim não desisto
“Até que minha última gota de suor seque sob o sol do inoportuno
Serei e minhas bandeiras
Cujos panos costurados pela ingenuidade
De tanto embalar o sonho
Sufocaram o pragmatismo.”
E para pedalar as idéias, vem aí a 2ª Bicicletada ao cair da tarde do próximo dia 29!
Texto originalmente publicado na coluna Mais Atitude!, que assino aos sábados no Jornal da Cidade.
Sandra²
1º Passeio Fotográfico de Jundiaí - 16 de maio. Maiores informações: Escritório de Arte Sandra Setti: Rua do Retiro, 480.
Virada à Paulista
Foto da fenomenal dança com escavadeira, roubada com autorização do orkut do Carlinhos.
Megalópole com outra expressão, não aquela da correria, do stress do dia a dia, uma com ares de “tem coisa boa no ar, no chão”. Somos convidados a participar do evento junto a outras pessoas de todas as raças, sexo e idades.
A Aventura começa, nota-se num foco de luz, solto em frente ao antigo prédio do DEIC, um magistral saltimbanco, homem da rua, artista na rua, não contratado, mergulhado em uma compenetrada coreografia com direito a platéia participativa.
Uma roda/reunião de punks sentados na fachada de uma igreja chama a atenção para uma pintura que atrai olhares no mínimo curiosos: cabelos esculpidos na rebeldia, roupas moldadas de protestos, cartão postal que revela um diálogo de muito contraste e escancara a desvairada paulicéia.
Alguns passos e numa esquina um pequeno, minúsculo caminhão/palco encanta paulistanos e alucina Nordestinos, já um tanto quanto paulistanos, com instrumentos e letras no ritmo de um forró de raiz, indumentária a caráter, empatia e qualidade musical que redesenham os pés no chão em movimento e fazem brotar emoção em forma de quermesse.
Grandiosidade na delicadeza dos dedos de uma tocadora de harpa com seu aparato gigantesco, cujas cordas atravessam a Praça Ramos, sobre passam a platéia e terminam nos altos do Teatro Municipal.
Grandiosidade e leveza num balé pra lá de contemporâneo, onde um bailarino francês e sua parceira: uma retro-escavadeira, se enamoram com a Praça do Correio como pano de fundo.
Grande também o desenho frenético de cinco acrobatas/bailarinos num tom melancólico e sarcástico, um presídio/hospício pós-guerra, talvez percebido em homens temerosos, sem rumo.
Corpos de baile das grandes companhias do país se revezam num dos palcos. Dançam as angústias, dores, alegrias. O público, maravilhado, se emociona, aplaude e enriquece seu repertório de possibilidades para a semana que virá. Recarga ilustre para o dia a dia.
E por falar em dia a dia, um edifício que está ali numa outra esquina e que não se faz percebido por milhares de pessoas que circulam a região cotidianamente, foi estrela da noite em vários momentos com a aparição de misteriosas luzes vindas do interior das janelas, música sinistra e público absurdado a mirar seus olhos para o alto, tentando decifrar a coreografia de luzes.
Grande também o público maluco beleza, com gente aparentemente fantasiada, vivendo o ídolo com caracterização e comportamento. Muitas bandas se reúnem em plena Estação da Luz para lembrar Raul Seixas, um ídolo sim! A metrópole se rendeu ao rock genuinamente brasileiro se metamorfoseando em quase um Festival de Águas Claras.
Ainda na Luz, a luz, o fogo, uma imensa instalação montada no Parque com ferragens e vasos propõe ao público um passeio jamais imaginado. Se circular essa região durante o dia tem sido complicado, devido a violência instaurada, a Arte repensa o local e convida o público, agora sem o menor receio, a adentrar ao Parque em busca do fogo, da luz e do sagrado simbolizados nesses elementos.
Grande festa desperta a cidade! Que acorda mais rica... que acorda mais leve... que acorda com a sensação de que algo está alterado, melhorado. Seria a possibilidade de respirar uma São Paulo vista pelas lentes da ARTE?
Calmamente, aguardo então a nossa Virada, a Virada Cultural de Jundiaí.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Impossíveis convites da Sandra
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Virada Cultural em Sampa
Companhia de Teatro Les Piétons, no Ano da França no Brasil, em apresentação com camas.
Imperdíveis convites da Sandra
O quadro, chamado "A chegada", é do Sandro Corradin, filho do Inos. Não preciso dizer que faz jus à genética talentosa. Na foto, Sandra com o renomado crítico de arte Angelo Iaccoca. A exposição vai até 29 de maio.
Aproveitem e acessem o site do pai: http://www.inoscorradin.com.br/, orgulho de Jundiaí.
Ele pedala as idéias
Jundiahy é como eu chamo a área interfluvial entre os rios Jundiaí, Guapeva e do Mato, com uma grande colina no meio. É o centro histórico ampliado. Não sei o que nossos governantes e legisladores pensam, mas ando fascinado por um plano cicloviário em nossa cidade. Até por uma questão de segurança pública, como em Bogotá, mas também pelo valor do patrimônio envolvido.
Uma ciclovia que passe pela calçadão da rua Barão de Jundiaí, desça o escadão pelas curvas de nível, margeie o rio Guapeva onde sua várzea ainda tem mata e história.
E que depois ocupe uma faixa lateral da antiga ferrovia da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, a partir do viaduto São João Batista.
Isso permitiria a ligação direta com o SESC e o Jardim Botânico, de onde a ciclovia poderia bifurcar-se para o Parque da Cidade ou para a avenida Nove de Julho – esta, no córrego do Mato.
A vantagem desse plano é a existência de instituições como o Centro Paula Souza (Fatec), o Museu Ferroviário, a Associação dos Skatistas, o Museu Histórico (Solar), a Faculdade Pitágoras, o Complexo Argos, o Mercadão da Cidade, o Centro Esportivo Sororoca, a Associação de Preservação da Memória Ferroviária, o Museu da Energia, Os Monitores das Serra e outras no caminho.
A maior vantagem, entretanto, está em que uma ciclovia é uma obra barata e sustentável. Se o acordo entre a prefeitura e as empresas de logística (como são MRV e ALL) não for definitivo, o custo vale mesmo para alguns anos.
É difícil pensar como um projeto público pode ser mais democrático, mas imagino que as famílias que ocupam casas da antiga ferrovia deveriam permanecer. Afinal, o ambiente não pode ser definido apenas por proprietários de terrenos especulativos.
Estamos equivocados ao tratar como patrimônio somente o museu ou as oficinas ferroviárias. Trata-se de toda a sua extensão, pelo menos entre os rios Guapeva e Jundiaí.
Estou convicto de que muitos turistas do trem gostariam da opção de alugar uma bicicleta para mergulhar na história da Paulista, verem dormentes do tempo do Horto Florestal, visitarem o museu e até o Jardim Botânico.
Será que chegaram a conhecer o 360 graus do Pardal? Com todo respeito ao currículo do secretariado da prefeitura, esse assunto mereceria um concurso de projetos para ser um modelo. Seria por meio de edital, que poderia ser financiado pelas compensações ambientais do município (vejam como no site da Rede Brasileira de Fundos Socioambientais) ou fundos externos de modernização urbana.
Os túneis previstos para a região, imagino, não interferem no potencial da ciclovia.
Essa idéia, de espírito comunitário e que exige apenas boa vontade de trabalhar, resultou de inquietações sobre assuntos como segurança e patrimônio (públicos, obviamente). Neste mês o time de futebol que surgiu da ferrovia completa 100 anos, como já aconteceu com o Grêmio CP e com o Gabinete de Leitura. Ah, tem outra bicicletada prevista para o final da tarde do dia 29.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Meu xará Marcio Silva, o Insane, dos melhores grafiteiros de Jundiaí, ilustra a coluna a partir de hoje.
Ilustração: Insane
Contato: inn165@hotmail.com
Flickr: http://www.flickr.com/photos/insaneone
Ressuscitar o centro
Os grafiteiros – não os pichadores – sabem que ao invés de só polícia, quando as portas das lojas do centro da cidade se fecham, poderíamos colocar também cultura. Além de cimento, precisamos de massa encefálica para revitalizar o doente em morte cerebral.
Não adianta apenas expulsarmos travestis e reformarmos as calçadas e as fachadas, na falta de criatividade. Curitiba é um exemplo, com as ruas 24 horas, que colocaram gente onde havia escuridão.
Apressado Gepeto
Se a vacinação contra a gripe para os idosos termina dia 8, bem alertou uma amiga que o Seo Gepeto não precisaria deixar o Pinóquio com braço quebrado, olhando triste pela janela as crianças brincarem, para ir tomar vacina, como aparece na propaganda veiculada nos jornais e na TV.
Metástase = movimento ou disseminação de tecidos doentes de um órgão para outro
Quando lançamos a campanha Mais Atitude! e saímos às ruas de Jundiaí em abaixo assinado pela renúncia do Renan Calheiros da presidência do Senado, fui surpreendido com uma ligação em meu celular do deputado federal Fernando Gabeira. Ele soube por um parlamentar tucano e quis nos cumprimentar.
Gabeira sempre me serviu de referência. Além de suas atitudes em defesa da ética, poucos parlamentares contribuem mais para o debate nacional em defesa das liberdades civis, mas é decepcionante saber que até ele está metido no escândalo das passagens aéreas: utilizou passagem paga com nosso dinheiro para sua filha viajar para o exterior.
Genética da audácia
Ainda que Maya Gabeira, a filha beneficiada pela “ilusão do patrimonialismo do estado brasileiro”, como o deputado classificou a roubalheira, seja lembrada agora num contexto ruim, a menina merece uma outra nota sobre sua onda.
Aos 21 anos, é reconhecida mundialmente como a melhor surfista de ondas grandes da atualidade, mostrando a mesma audácia que o pai teve ao seqüestrar um embaixador americano para libertar políticos da esquerda presos pelo regime militar.
Maya Gabeira: http://www.mayagabeira.com.br/
Genioso e genial
Umas das coisas mais interessantes que tenho vivido é o contato com vários atores talentosos de Jundiaí. Um deles é o Zé Renato Forner. Genioso numa boa discussão sobre política cultural e genial não só pela montagem da lendária andarilha jundiaiense “Maria dos Pacotes”, enlouquecida após ser abandonada no altar, merece o acesso em seu blog: http://quandoacabar-omalucosoueu.blogspot.com/.
Virar a cabeça em busca da batida perfeita
Não vejo a hora de virar do sábado para o domingo com Marcelo D2, no Parque da Uva, que se apresenta à meia noite pela Virada Cultural de Jundiaí.
Ele chegou a ser preso acusado de apologia à maconha e hoje mostra que sua maior defesa é a da música como manifestação social sem fronteiras e preconceitos: já gravou com figuras da velha guarda como João Donato e juntou samba com rap em busca da batida perfeita.
Desabafo, seu sucesso atual, merece tocar também nas conferências sobre segurança pública que acontecem neste ano no país:
(...)Ok, então vamo lá, diz: Tu quer a paz, eu quero também, Mas o estado não tem direito de matar ninguém. Aqui não tem pena morte mas segue o pensamento. O desejo de matar de um Capitão Nascimento. Que, sem treinamento, se mostra incompetente. O cidadão por outro lado se diz, impotente, mas. A impotência não é uma escolha também. De assumir a própria responsabilidade. Hein?(...)”
Agenda 21 em Jundiaí
A palestra sobre “Crise Global e o Jeito Tucano de Governar” mostrou que poucos municípios desenvolvem a Agenda 21, documento produzido pela ECO-92, o maior encontro de estadistas da história mundial, destinado ao desenvolvimento sustentável.
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Com a palavra, o ambientalista José Arnaldo de Oliveira, que, aliás, divulga seu novo projeto, o espaço Jundiahy Audiovisual: www.youtube.com/user/Jundiahyaudiovisual
Texto publicado originalmente na coluna Mais Atitude!, que assino no Jornal da Cidade.